Posts

Treinar é para cachorro. Pessoas a gente capacita!

Marcos Fábio Mazza

Consultor na Mazza Consultoria em Gestão Empresarial, Treinamentos e Capacitações. Autor dos livros “CRM Sucessos & Insucessos (2009) e Clientes & Empresas como Cães & Gatos (2012)”.

mazza.ma@hotmail.com

“Feliz aquele que transmite o que sabe e aprende o que ensina”.
Cora Coralina

Para muitas empresas capacitação é o mesmo que treinamento, mesmo que você pertença a esse time conceitual, para podermos trabalhar daqui para frente peço que reveja (conceitualmente) estas duas palavras. Aprender a dirigir, curso de direção defensiva. Criar um filho é um treinamento ou uma capacitação?

Capacitar é incorporar conhecimento.

É saber fazer com base no próprio raciocínio.

No fundo penso que quando precisamos de tarefas repetitivas e burocráticas realizamos treinamentos e quando buscamos um entendimento maior e com muitos conceitos, precisamos então capacitar as pessoas via incorporação de raciocínio.

Pense comigo:

Na sua infância, quando você começou a aprender a escrever, você discutiu com seus pais ou professores se o uso do s ou do z estava coerente? NÃO. Por quê? Cérebro de criança aprende igual ao de cachorro: pelo exemplo e pelo reflexo condicionado:

(B+A) =BA; (B+E) =BE; (B+I) =BI; (B+O) =BO; (B+U) =BU.

Nesta idade aprendemos porque acreditamos que o professor é inteligente e seguimos todos seus exemplos. Não há discussões.

“As crianças precisam de modelos mais do que precisam de críticos” – Joseph Joubert (1842)

Algumas empresas montam sua grade de treinamento com a mesma proposta pedagógica, mas se esquecem que seus colaboradores não são mais crianças e NÃO se adaptam mais a este método de aprendizagem.

Pode até funcionar, porém com objetivos específicos de cunho repetitivo. O que encontramos na maioria dos casos são treinamentos chatos, repetitivos e desmotivantes; perde-se tempo e dinheiro da empresa e os resultados em aprendizagem são medíocres.

Já a partir da adolescência, devido ao próprio comportamento “aborrescente” o questionamento passou a ser parte integrante da vida e todo aprendizado se baseia na comprovação e discussão de fatos e a metodologia vencedora passou a ser: “Aprender fazendo”.

O que precisa mudar na busca pela excelência no treinamento ou capacitação?

Não mudar o PORQUÊ fazer, mas sim o COMO fazer.

Outra pergunta: O que você guardou mais em sua memória, uma aula da faculdade ou uma aula de cursinho pré-vestibular? Qual a grande diferença das duas aulas: metodologia e a capacidade de absorção com o método utilizado pelos professores.

Como fazer então para termos processos de capacitações com maior excelência?

“Diga-me e esquecerei”.

“Mostre-me e recordarei”.

” Comprometa-me e entenderei ”

“Sai o professor e”

“Entra o FACILITADOR”

“Adulto só aprende vendo, ouvindo e fazendo.”

Caro amigo leitor, inicialmente pelo “inconveniente de mudança” a resistência do modelo tradicional será enorme e nosso desafio ainda maior, mas não desista é por uma boa causa.

“Hoje é sempre o dia certo de fazer as coisas certas de maneira certa. Amanhã será tarde.” Martin Luther King.

“O mundo é um mar de oportunidades, mas você precisa saber nadar”